quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aquiles e a tartaruga


Assisti ao filme de Takeshi Kitano, Áquiles e a Tartaruga, o filme vem dessa teoria que peguei na Wikipédia:

Aquiles, o herói grego, e a tartaruga decidem apostar uma corrida de 100m. Como a velocidade de Aquiles é 10 vezes a da tartaruga, esta recebe a vantagem de começar a corrida 80m na frente da linha de largada.

No intervalo de tempo em que Aquiles percorre os 80m que o separam da tartaruga, esta percorre 8m e continua na frente de Aquiles. No intervalo de tempo em que ele percorre mais 8m, a tartaruga já anda mais 0,8m; ele anda esses 0,8m, e a tartaruga terá andando mais 0,08 metros. Esse raciocínio segue assim sucessivamente, levando á conclusão de que Aquiles jamais poderá ultrapassar a tartaruga, uma vez que sempre que ele se aproximar dela, ela já terá andado mais um pouco. Em termos matemáticos, seria dizer que o limite, com o espaço entre a tartaruga e Aquiles tendendo a 0, do espaço de Aquiles, é a tartaruga. Ou seja, ele virtualmente alcança a tartaruga, mas nessa linha de raciocínio, não importa quanto tempo se passe, Aquiles nunca alcançará a tartaruga nem, portanto, poderá ultrapassá-la.

No filme, Kitano faz o papel de um Aquiles, ele é artista plástico e percebe o quão difícil é entrar para o mundo das artes, toda vez que ele abraça uma tendência, já está fora de moda e ele tem sempre que adaptar sua arte para tentar ganhar dinheiro. Ele é um artista obcecado pelo trabalho e mesmo não ganhando dinheiro, pois não consegue vender nada, ele não desiste e tenta todo tipo de bizarrices, colocando a vida da família em risco.
O Kitano, além de escrever o roteiro, dirigir, atuar, também é o pintor de todos os quadros mostrados no filme, que são muito bonitos por sinal.
Esse filme me fez refletir sobre a vida, tudo o que você faz nunca é bom o suficiente para os outros e por mais que você se esforce, é difícil alcançar a tartaruga, justo a tartaruga que é um bicho lerdo?

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