quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Why democracy?

Assisti ao documentário chinês Why democracy? Começam perguntando às crianças o que é democracia, o que é voto, mas elas não sabem responder, porque vivem sob o regime comunista desde 1949, nem eles, nem seus pais ou avós votaram em toda vida.
Todo ano na escola tem a escolha de um monitor de sala que é escolhido pelo professor, mas desta vez a professora propôs que os colegas de classe que deveriam escolher o monitor, foram três alunos previamente escolhidos e então eles começariam a fazer uma campanha política para conseguir votos e é aí que eles se tornam irreconhecíveis. Na primeira parte da campanha, tem uma apresentação artística, aí um dos concorrentes pedem ao seus amigos para vaiar a primeira candidata, ela começa a chorar, coitada!
Depois o mesmo menino começa a oferecer cargos para os colegas em troca de voto: se você votar em mim você vai ser me assistente, o vice-monitor, etc.
O envolvimento dos pais também é grande, eles ajudam os filhos a fazerem os discursos, a jogar sujo, etc.
Um dos candidatos leva a classe para andar em um fura-fila de graça, porque o pai dele trabalha na polícia e é responsável por esse transporte, depois do discurso final distribui convite para uma festividade e os alunos ficam encantados.
O que percebi é que mesmo onde a democracia nunca foi exercida, os métodos para fazê-la funcionar é o mesmo: mostrar a fraqueza do adversário, subornar as pessoas, criar discursos infundados e promessas difíceis de cumprir.

Casa de bonecas


Casa de bonecas é uma peça teatral do norueguês Henrik Ibsen, ele denuncia o machismo e como recompensa, propõe a emancipação feminina e a descrença no matrimônio. Nesta peça, Nora é uma mulher casada, mãe de três filhos e a vida toda foi muito mimada tanto pelo pai quanto pelo marido. O marido realmente tratava-a como uma boneca, dando aqueles apelidos bregas, por exemplo, enquanto ela cantava, ele falava: Canta minha cotoviazinha! Quando ela estava assustada: Minha pombinha de asa caída, meu esquilinho triste.
Eu gosto de ser mimada, mas odeio quando começam  achar que sou retardada, criam todo um ambiente fantástico que te envolve, você se sente confortável e esquece que dentro desse mundo de fantasias, presentes, mimos, palavras vazias, você está sendo enganada e na primeira oportunidade sua casa de bonecas é destruída.
Helmer (marido) ficou doente e ela fez um empréstimo com um agiota e como seu pai estava muito doente, ela falsificou a assinatura dele. Ela fez trabalhos de bordados e costuras para pagar as dívidas.Tempos depois, seu marido ficou curado, vira presidente do banco e ele demite o agiota que trabalha lá, mas ele nem sabe da fraude e do empréstimo que a esposa fez.
Após ser demitido o agiota escreve uma carta para Helmer contando sobre o que a esposa fez. Helmer fica com muita raiva dela, afinal ele tem uma carreira que defender e nem se importou que tudo o que ela fez foi para salvá-lo e começa a humilhá-la, então Nora decide abandonar a casa deixando marido e filhos.
HELMER: É revoltante você ser capaz de abandonar assim seus deveres mais sagrados.
NORA: o que você considera meus deveres mais sagrados?
HELMER: Preciso dizer-lhe? Não são seus deveres para com seu marido e filhos?
NORA: Eu tenho outros deveres igualmente sagrados. Para comigo mesma.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Cinema é religião

Comentei no post sobre o livro "O clube do filme", que cinema salva, para muitos é como uma religião, você está meio down e se apega com aquela coisa, uns viram fanáticos, outros são moderados, mas de alguma forma o cinema pode mudar a vida de uma pessoa.
Sempre gostei de cinema, desde a adolescência, depois comecer ter insônias e via filmes para passar o tempo de madrugada, mas depois que sofri uma grande frustração por não saber lidar uma uma situação muito difícil, na verdade me fodi de verde-amarelo, eu fiquei meses assistindo milhões de filmes, três a quatro por dia, hoje assisto um por dia e seis no fim de semana, estou moderando. O que foi um subterfúgio para mim em um momento atribulado, hoje é o que me traz conforto.
Hoje vou falar de quando o cinema fala sobre pessoas que adoram cinema a ponto de confundir a ficção com a realidade. O primeiro filme que explica a história da Itália e as mudanças políticas e sociais através do cinema, é o "Cinema Paradiso", de Giuseppe Tornatore,  meu filme favorito, o 1 da minha top list, tudo o que o garotinho Salvatore descobria era através de filmes.
Segue no vídeo uma das cenas mais lindas:



Outro filme que eu emocionou muito ao vê-lo, e para mim, é o melhor filme de Abbas Kiarostami, é o "Close up", baseado em fatos reais, narra a história de um homem desempregado, divorciado e com dois filhos, viciado em cinema, resolveu fingir que era o cineasta Makhmalbalf, ele se identificou com os personagens sofridos dos filmes, em especial o personagem de "O ciclista", ele enganou uma família com essa ladainha e acabou sendo preso acusado de fraude. Ele percebeu que a farsa dele foi o único jeito que arrumou para ser alguém respeitado.
Fala do acusado na corte:


- Tudo isso começou com o meu amor pela arte. Quando criança, eu sempre ia ao cinema com os meus amigos e brincava de fazer filmes. Porém, eu não tinha recursos financeiros e reprimi meu interesse pela arte.Aquilo se tornou uma obsessão. Entretanto, um trapaceiro normalmente se prepara para aplicar seus golpes. Cria um disfarce. Aparece com um carro emprestado, carregando uma mala para parecer convincente.Eu nunca fiz isso. Nunca foi minha intenção.

Qual foi o motivo para se passar pelo Sr. Makhmalbaf? Revele à corte.

- Eu o admiro, porque ele retrata o sofrimento em seus filmes. Seus filmes falam a pessoas como eu, principalmente "Feridas de um Casamento". Assim como do Sr Kiarostami fez em "O Viajante". Eu sou como o menino do filme que finge fotografar as pessoas, a despeito de não ter filme na câmera, para conseguir dinheiro para ir a Teerã assistir a um jogo de futebol, mas ele dorme e perde o jogo. E é como me sinto. Também tenho a sensação de ter perdido o jogo.

(...) O rancor é um véu que oculta a arte. (...)


(...) sempre que fico triste na prisão, eu penso no verso do Alcorão que diz: "Lembrar-se de Deus é o melhor consolo para um coração sofrido." Eu sinto a necessidade, quando estou deprimido ou cheio de preocupações, de expressar a angústia da minha alma, todas as minhas aflições, que ninguém quer ouvir. Então, quando encontro um homem bom, que mostra todos os meus sofrimentos nos seus filmes, me dá vontade de assistí-los repetidamente. Um homem com a coragem de retratar pessoas que brincam com a vida dos outros, os ricos indiferentes às necessidades básicas dos pobres. Que são basicamente necessidades econômicas. Foi por isso que esse livro me trouxe consolo. Ele fala de coisas que eu teria gostado de expressar.

Depois de interpretar esse papel, você acha que é melhorator do que diretor?

- Não cabe a mim responder isso. Acredito que prefira ser ator. Acho que poderia expressar todas as experiências ruins que tive e todo sofrimento que senti dentro de mim. Eu gosto de pensar que poderia expressar esses sentimentos através da representação.

E não está representado para a câmera agora?

 - O que está fazendo agora? Eu estou falando do meu sofrimento. Isso não é representação. Estou falando do fundo do meu coração. Para mim, a arte é a extensão do que você realmente sente. Essa também era a visão de Tolstoi, segundo ele, a arte é uma experiência sentimental do artista que ele compartilha com os outros. Acho que a minha experiência de miséria e sofrimento pode me dar a base de que preciso para ser um bom ator. Assim, eu interpreto bem e expresso a minha realidade interior.


Outro filme sobre a fuga da realidade através do cinema é o filme " A Rosa Púrpura do Cairo", de Woody Allen, narra a história, durante a Grande Depressão, uma mulher casada, sustenta a casa enquanto o marido está desempregado, gasta o dinheiro dela no jogo e na bebida, bate nela. A única saída para essa vida tosca foi ir ao cinema ver o filme favorito, de tanto ela ver o filme, o ator sai de dentro da projeção e de uma certa forma ela começa ter uma vida que ela sempre sonhou, fora da realidade e ela acaba se divertindo bastante, é um filme realista, depois a coitada cai na real, não vou contar mais, vejam!

Lembro uma vez que estava em um debate teatral, apenas como uma funcionária do backstage e a pessoa que estava na mesa comentou sobre um determinado filme, mas não lembrava o nome, aí eu falei, estava na frente da pessoa e falei baixo, mas a pessoa fez questão de agradecer por eu ter lembrado e todos os olhos se viraram para mim, talvez acharam que eu era da "classe", logo eu que no meio deles não era ninguém e no final eu era a única que sabia a resposta certa, como diz Clarice Lispector no conto "Miopia progressiva": Ser integente ou não dependia da instabilidade os outros", ou seja quando ninguém sabe ou não lembra e você tem a resposta, você se passa por inteligente.

Filmes sobre o fascismo de Franco e guerra civil espanhola

Na sessão pipoca desse ano marcamos de ver ou rever alguns filmes que falam sobre a ditatura de Franco ou a guerra civil espanhola, foram eles:
"O labirinto de Fauno", do cineasta Guilhermo del Touro
"A mulher do anarquista", dirigido por Marie Noëlle e Peter Sehr
"Terra e Liberdade", do Ken Loach
"Guernica", Alain Resnais (curta metragem sobre o famoso quadro de Picasso)
"Ana e os lobos" e "Cria Cuervos", de Carlos Saura
No vídeo abaixo, cena de Cria Cuervos, a personagem Ana escuta a música Porque te vas de Jeanette




Para quem tem interesse pelo assunto ou vai prestar vestibular, vale a pena vê-los.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O clube do filme

Eu tive conhecimento desse livro, em um situação bem engraçada, a turma, no final do ano, resolver fazer um amigo ladrão (é um amigo secreto que vc pode escolher ficar com um presente ou roubar o de alguém), esse livro virou motivo de muita disputa entre os mais cinéfilos, aí pensei em comprá-lo, mas sem nenhuma previsão, até que a Yuna e a Julie resolveram vender um monte de coisas, entre elas esse livro e o filme Rapsódia de Agosto, do Akira Kurosawa, não perdi tempo, fui logo adquirindo.
O livro conta a história real o David Gilmour, um crítico de cinema canadense que na ocasião estava desempregado, seu filho Jesse ia muito mal na escola, reprovou em todas disciplinas, aos 15 anos. O pai tomou uma decisão difícil e muito corajosa, autorizou o filho a sair da escola, desde que ele se comprometesse a assistir 3 filmes por semana com ele, o filho concordou prontamente. Então começaram o clube, Jesse coomeçou a se apaixonar por garotas, experimentar drogas, a ter subempregos para se sustentar, entrou em um grupo de rap, o pai passou por um período muito difícil com Jesse, mas, foi aí que descobri que filme salva, tem a capacidade de mudar a vida, não vou contar o que aconteceu com Jesse para não estragar o prazer da leitura. Aqui em casa o Samuca está em uma idade crítica e rebelde, ele tira nota ruim por safadeza, porque quando ele precisa passar de ano, ele tira notas boas, só para tentar me enlouquecer, ele começou ver alguns filmes com a gente, comecei por Chaplin, comedias francesas e como ele é otaku, fissurado por tudo da terra no sol nascente, gosta só de animes, mangás e derivados, acho que ele pode gostar dos 7 Samurais do Akira Kurosawa, também quero que ele veja Cinema Paradiso que para mim é o filme mais lindo de todos os tempos, Ladrões de bicicleta e Miracolo a Milano, do Vittorio de Sica, alguns hollywodianos clássicos. Eu não sei porque essas criaturas não vem com manual de instrução, viu? ô coisinhas difíceis de lidar. Nem vem que da escola eu não tiro, só se for expulso. Meu coração de mãe é fraco, vivo cada dia o dia porque se eu pensar no que ele pode aprontar mais para frente, vou ter um colapso.
Neste arquivo aqui tem o nome dos filmes que David e Jesse assistiram, como leio riscando o livro, marquei com estrelinha os que já vi e com bolinha os que quero muuuuiiito ver.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

TEN - Abbas Kiarostami


O filme TEN é dividido em 10 partes (isso explica o nome do filme). Mostra a condição feminina iraniana. Esse filme segue o mesmo jeito de filmagem do filme Gosto de cereja, do mesmo diretor, tudo acontece dentro de um carro. O que para nós é comum na nossa cultura, é muito tabu para eles, principalmente na condição de mulher, como já tinha mencionado quando vi O círculo.
A protagonista é uma mulher que pediu o divórcio e casou de novo, do primeiro casamento ela tem um filho que mesmo criança tem uma visão machista do mundo, acusa-a de ser egoísta, de só pensar nela, acha que ele deveria ficar em casa fazendo comida boa em vez de trabalhar. Odeia o padastro e vai morar com o pai que não casou de novo.
Além do filho, ela dá carona para irmã que começa a sentir culpa por deixar o filho na creche para trabalhar.
Depois dá carona para uma velhinha que vai à mesquita 3x ao dia fazer orações, na mesquita ela conhece outra moça que vai lá rezar para casar, pois seu noivo está muito indeciso.
À noite, o carro dela para e uma prostituta entra, uma começa a refletir sobre a vida da outra, é engraçado que homem é igual em todo lugar, já as mulheres são oprimidas:
Ele diz "Eu te amo"?
Acho que sim.
Olha. Não conte a ninguém.
Mas eu os vejo.Quando estão na cama comigo...
As esposas ligam:"Querido".
- Elas ligam para os maridos?
- Sim. É fácil com um celular.
"Querido, querido."
"Eu estou saindo do trabalho."
"Se cuida. Também te amo."
Ele diz "Eu te amo" e desliga.
A maioria consegue dizer "Eu te amo".
Quer dizer que eles mentem?
Na cama, quando estão comigo...
Isso é normal com muitos dos nossos homens.
O quê?
E a pobre esposa é como você.
Acha que seu marido é fiel e só ama você?

Eles também toca levemente no assunto aborto.
Outra carona é para uma mulher que só chora porque o marido, depois de 7 anos de relacionamento, foi embora e ela só tinha a ele: Essa pobre só faltou cantar a música da Maysa, "meu mundo caiu".
Eu, na condição de feminista e feminina, sinto-me frustrada ao ver que a maioria das mulheres do mundo vivem submissas, oprimidas, sem forças de lutar contra a sociedade, a religião, sai da casa de pais rigorosos para ir para casa de um marido bruto, não tem direito ao estudo, a uma vida dependente de um homem, mesmo assim são enganadas por eles, levam toda a culpa quando algo dá errado na relação. O filme é lindo, porém triste!

sous le sable



Sob a areia é um filme de temática psiquiátrica, Marie (Charlotte Rampling) vai passar férias na praia com o marido e ele desaparece. A polícia começa procurá-lo, mas ela não se conforma com a perda e começa viver como se ele estivesse com ela, mesmo em roda de amigos, ela fala dele como se estivessem juntos ainda e os amigos ficam se entreolhando como se pensasse, essa mulher pirou!
Não é fácil se conformar com perdas, é melhor imaginar que quem vc quer dar amor ou proteção está ao seu lado, criar um amigo imaginário, alguém que entende sua dor, que te escuta.
Lembro na infância que eu tinha amigas imaginárias, eu chegava contava para elas tudo que tinha acontecido na escola, lia meus livros em voz alta para elas ouvirem e isso me fazia bem. Na adolescência substituí minhas amigas por um diário, tudo o que acontecia eu escrevia nele. Hoje na idade adulta uso o blog e twitter, saio falando pelos cotovelos, não que eu não tenha com quem conversar, pelo contrário, conheço pessoas ótimas que conversam sobre tudo, mas acho que ter amigos imaginários, diários e blogs, só você fala, é tipo um monólogo, tão dramático quanto o famoso "Ser ou não ser" de Hamlet, expondo o que eu sinto, eu sempre acho uma solução para os meus problemas. Um amigo imaginário na verdade é você conversando com sua alma.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

les comedies françaises

Comédias francesas

Tais-Toi é um filme com dois atores ótimos: Gerard Depardieu e Jean Reno.O personagem do Gerard é muito idiota, ele tenta roubar uma casa de câmbio, vê as notas de ienes e sabe que não valem como moeda corrente na França e que não iria conseguir trocar, aí o funcionário da casa de câmbio sugere que ele roube um banco pequeno do outro lado da rua, chegando lá, a polícia chega junto e ele vai preso. Na cadeia ele é aquele cara mala que fica puxando papo com outros presos até tirá-los do sério.
Ele tem uma simpatia pelo personagem de Jean Reno que não abre a boca para falar nada, mas de uma certa forma acabam se dando muito bem, mesmo sem comunicação eles acabam fugindo da cadeia, roubando carros, etc. Eu dei muitas risadas porque esses atores são ótimos.



Le placard é outra comédia deliciosa que foi muito bem recomendada pela Jolie, ela falou desse filme com tanta empolgação que tive de assistir e não me arrependi. Para variar tem Gerard Depardieu e o Daniel Auteil. O personagem de Daniel está prestes a perder o emprego, todo mundo na empresa sabe que ele será o próximo a ser demitido, aí ele está todo ferrado na vida, está separado da mulher, o filho não dá a mínima para ele, os colegas da empresa, muito menos. Só que ele tem um vizinho muito louco que sugere ele fingir que é gay para não ser demitido, porque hoje em dia as empresas não podem fazer acepção de raça, cor, religião, etc. A empresa, entre outras vertentes, fabrica camisinhas e o público gay é um dos grandes consumidores. Então a cúpula da empresa decide mantê-lo no cargo para ninguém achar que eles são preconceituosos. Já o personagem de Gerard é um machista ao extremo, cheio de piadas homofóbicas, aí os colegas dele disse que se ele não tornasse amigo do suposto gay, seria mandado embora. As cenas são hilariantes, ri muito!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Desafio Literário: O corcunda de Notre Dame


Para o mês de fevereiro, escolhi um clássico da literatura universal, um conto de fadas bem às avessas.

Neste mês, eu li:
O corcunda de Notre Dame - Victor Hugo

O livro é sobre...

Narra a história do Quasímodo, sineiro da igreja de Notre Dame, nasceu com deformidades no rosto, era corcunda, surdo e um padre teve piedade dele e deixou-o morar na igreja.Teve um concurso para elegero Papa dos loucos, para conseguir o tal título era necessário fazer a careta mais feia, Quasímodo não precisou fazer careta, pois já era muito feio e ganhou o título, foi aclamado por todos.
Esmeralda é a jovem perseguida unicamente por ser uma cigana, embora no final da história se revele sua verdadeira origem. Linda e graciosa, é maltratada pelos outros e igualmente condenada pela justiça. Aqui, as demais personagens não sabem lidar com o belo e o estrangeiro, atribuindo-lhes todos os males possíveis.
A lógica do bode expiatório pode ser explicada socialmente até hoje pelos dois fatores que motivam as massas: o sadismo e a necessidade da ordem. Encontrar culpados é diminuir a culpa de todos.
Quasímodo se apaixona por Esmeralda, mas era ela linda e gostava de Febo. Esmeralda foi roubada por ciganos na infância, sua mãe passou a vida procurando por ela. Esmeralda acaba sendo acusada de bruxaria e vai ser julgada.

Eu escolhi este livro porque...
Porque vi o DVD do musical francês "Notre Dame de Paris" e me apaixonei pela história, então quis ler o livro.

A leitura foi...
Ótima. Faz uma denúncia sobre o tratamento que minorias recebem, a pessoa deficiente, os ciganos, a justiça intolerante, a massa de manobra, pois o povo que te aplaude em um dia te crucifica no outro, o poder da igreja, etc. O livro tem 113 páginas e é bem gostoso de ler

A nota que eu dou para o livro: 10 com louvor

Para finalizar, vou deixar o vídeo do musical Notre Dame de Paris, a música "Il est beau comme le soleil" (Ele é bonito como o sol)



Para ver mais vídeos desse musical, visite meu Multiply

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A mulher do Anarquista

É um filme espanhol que esteve em cartaz na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. É muito comovente! Narra a história de uma família durante a ditadura de Franco, o marido era anarquista e ia para guerra, a mulher queria manter a família unida, mas acabava apoiando a decisão do marido.
Mulheres, mulheres, no amor e na guerra, essas surpreendem, às vezes é difícil compreender o que a mulher é capaz de fazer por amor, não se sabe de onde vem a força que a impulsa a ser alguém forte, corajosa, que defende os filhos e a causa do marido, nunca foram sexo frágil, apenas levam o peso do mundo nas costas.
Às vezes as pessoas esperam que eu faça uma resenha sobre os filmes que assisto, quero apenas comentar que vi e há muitos blogs e sites de críticos de verdade, eu pro exemplo notei que enquanto os homens estavam na trincheira, as mulheres estavam no salão de beleza fazendo a unha, mas ao mesmo tempo discutindo sobre a situação de seus maridos (veja vídeo)



Mas estão no salão esperando o retorno deles, porque os homens precisam ter alguém para ampará-los quando volta, de um porto seguro, de alguém que esteja zelando pela casa, cuidando de seus filhos, cada um tem o papel de transfomar o mundo para melhor, deixar um lugar seguro para seus descendentes.
Para quem acha que a vida da mulher é fácil, não é, ela vê seu irmão sendo preso, não tem notícias do marido, passa a ser humilhada pelos donos da casa em que mora. É um contraste da delicadeza e o cuidado feminino, com a luta masculina. A menininha que faz o papel da filha do casal é a mesma que fez o Labirinto de Fauno, um filme que também denuncia o horror da ditadura espanhola.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Visitor Q



É um filme japonês bem chocante, tão punk quanto o Suicide Circle, é um tipo de denúncia contra a sociedade japonesa, é classificado com cinema fantástico, porque as coisas mais absurdas são tratadas como muito normal em uma família. O patriarca trabalha fazendo documentários de jovens deliquentes e depois decide documentar a dia-a-dia da própria família, nisso rola incesto, drogas, filho espancando a mãe, prostituição, necrofilia, bullying. Se vc tem estômago para assistir, vá em frente. Na verdade esse tipo de filme, eu não sei se gosto ou não, eu fico uns 10 dias pensando, é muito surreal.