quarta-feira, 30 de junho de 2010

A insustentável leveza do ser - O filme

Adoro interações de mídias, livros que viram filmes, jogos que viram filmes, filmes que viram jogos, etc.
"A insustentável leveza do ser" é um romance de Milan Kundera que pretendo muito ler, vou colocá-lo no próximo desafio literário, mas o filme é de uma beleza, uma sensilibilidade, uma sensualidade e uma leveza sem tamanho, começando pela escolha do elenco, tem Daniel Day-Lewis (já falei dele em Nine e Em nome do Pai) e a minha francesinha preferida, a Juliette Binoche que já falei um milhão de vezes por aqui.
Esse filme conta a história do médico-cirurgião Tomas, que não pode ver um rabo-de-saia que se enrabicha, da fotógrafa Tereza e da artista plástica Sabina, rola um triângulo amoroso, amizade e troca de experiências. Tudo acontece em 1968 durante o conflito político conhecido como "Primavera de Praga", quando os tanques russos invadiram a Tchecoeslovaquia.
Sabina é leve, quando a coisa começou a apertar ela fugiu para Suiça, em seguida Tereza e Tomas fizeram o mesmo, mas Tereza percebe que não consegue lidar com a leveza porque ela é fraca e retorna para Praga, Tomas também volta, chegando lá eles têm os passaportes confiscados, nunca mais poderão sair , só que a situação política está bem pior.
Tereza é super carente, precisa de Tomas, precisa ter cachorro, precisa de uma pátria, é apegada a tudo isso, por isso ela se considerava fraca, mesmo na pior,  não se desapega do que é confortável para ela.
Sabine tem o espírito livre, não se apega a nada e a ninguém, quando ela percebe que a coisa está ficando séria, ela simplesmente foge, está sempre mudando em todos os sentidos, mas mesmo assim, fugir não é fácil, ela sente a perda, mas se conforma que era o melhor a ser feito.

Fala de Tomas:
Mais de 1OO mil pessoas foram presas, torturadas e executadas durante o regime deles.E agora esses homens afirmam que não sabiam de nada. Que foram enganados ou manipulados. Que eram inocentes.
Não inocentes, mas desavisados, talvez.
Por favor, eles tinham de saber o que estavam fazendo. O contrário é inconcebível. Não importa se sabiam ou não. Estive pensando sobre Édipo. O bom Édipo Rei.Quando Édipo percebeu que havia matado seu pai sem saber e estava dormindo com sua mãe e, por causa de seus crimes, pragas estavam devastando a cidade dele, ele não pôde suportar a visão do que havia feito.Ele arrancou os próprios olhos e deixou a cidade. Ele não se sentiu inocente.Sentiu que deveria se punir, mas nossos líderes,ao contrário de Édipo,sentiram que eram inocentes.
E quando as atrocidades do período stalinista foram reveladas, eles disseram: "Nós não sabíamos! Não sabíamos o que acontecia, nossa consciência está limpa."
Mas a diferença, a diferença importante é que eles continuaram no poder.E eles deveriam ter arrancado seus olhos fora. Eu só disse que a moralidade mudou desde a época de Édipo.
O filme é emocionante! Super indico. Agora EU QUERO O LIVRO!!!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tom Waits

Mais um artista de sagitário para compartilhar com vocês. Tom Waits é esquisito, tem uma voz rouca esquisita e seu gênero musical é indecifrável, não se encaixa em nenhum gênero, é uma mistura de rock, folk, blues, as letras são melancólicas, "canções para cortar os pulsos", inclusive esse foi o nome de um espetáculo teatral que o André Frateschi fez, que cantava as músicas do Tom.
Presentinho: Seguem anexas 3 ou 4 músicas mais romantiquinhas dele para download, aqui.
Até mais!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

José Saramago e o Ensaio sobre a cegueira

Quero registrar aqui uma homenagem póstuma ao 1º escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, José Saramago, ateu, comunista, blogueiro, defendia suas verdades.

Fragmentos do livro:

“Por que foi que cegamos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem”

“Lutar foi sempre, mais ou menos, uma forma de cegueira, Isto é diferente, Farás o que melhor te parecer, mas não te esqueças daquilo que nós somos aqui, cegos, simplesmente cegos, cegos sem retóricas nem comiserações, o mundo caridoso e pitoresco dos ceguinhos acabou, agora é o reino duro, cruel e implacável dos cegos, Se tu pudesses ver o que eu sou obrigada a ver, quererias estar cego, Acredito, mas não preciso, cego já estou, Perdoa-me, meu querido, se tu soubesses, Sei, sei, levei a minha vida a olhar para dentro dos olhos das pessoas, é o único lugar do corpo onde talvez ainda exista uma alma, e se eles se perderam”

domingo, 20 de junho de 2010

Dança comigo?


 "No Japão, a dança de salão é vista com muita suspeita, em um país onde os casais não andam abraçados e muito menos dizem "eu te amo" em voz alta, a compreensão através da intuição é tudo. A idéia que marido e mulher deveriam se abraçar e dançar na frente de outros, está além do embaraçoso. Entretanto, sair para dançar com outra pessoa poderia ser mal interpretado e se provar ainda mais vergonhoso. Apesar disso, mesmo para os japoneses, há uma curiosidade secreta acerca dos prazeres que a dança pode trazer".


Essa é introdução do filme, narra a história de um homem que trabalha na contabilidade de uma empresa, a vida dele resume-se ao trabalho e sua vidinha com a mulher e filha, essa mesmice deixou-o introvertido e até depressivo. Voltando do trabalho de trem, em uma das estações, ele via a escola de dança pela janela, ficava olhando a professora e os alunos dançando, um dia ele resolveu descer do trem e conhecer a escola. Tentou aprender a dança todo desajeitado, com toda aquela timidez japa e com a cabeça cheia dos preconceitos citados acima.
A dança tornou-o mais motivado, mais alegre, mais disposto. O coração deu uma cambaleanda pela teacher. Ele acabou indo para concursos de dança e a experiência foi bem bacana para sua vida pessoal.


A versão americana


A versão americana desse filme é bonitinha também, mas convenhamos, na América não tem preconceito com quem faz dança de salão, Richard Gere é muito simpático, não é como o japonês que é tímido, sem charme nenhum e retraído, ou seja, as partes mais interessantes e comoventes não fizeram tanto sentido, ficou mais parecido com um espetáculo da Broadway. No filme japonês mostra claramente a intenção do aluno x professora, já na versão americana ele faz a dança, mesmo a professora sendo a Jeniffer Lopez, ele a trata apenas como professora e gosta mesmo é de sua mulher, representada pela Susan Sarandon.

Eu que gosto de dança indico os dois, podem ver meninas, super fofo! Como assim, japoneses não abraçam e não dizem eu te amo? Tadinho deles...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

El camino de San Diego

Na sessão pipoca assistimos "O caminho de San Diego", filme que conta a história de Tati Benitez, um argentino muito pobre, mora em uma cidade do noroeste da Argentina, na província de Missiones, porém é fanático por Maradona. O fanatismo é tanto que ele queria colocar o nome da filha de Diega, mas o cara não deixou, até que veio seu 3º filho que ele batizou de Diego Armando.
Tati trabalha pegando raiz, galhos e troncos na mata para um artesão. Em uma dessas andanças pela mata ele vê um tronco muito parecido com Maradona, ele pede para o artesão colocar o nº 10 nas costas e inventa levar o tronco para o próprio Maradona, em Buenos Aires. Mostra a simplicidade e a ingenuidade que acompanha a pobreza, ele consulta uma vidente se a viagem ia dar certo, depois pega uma maquina fotográfica muito antiga emprestada e segue seu rumo. Não podia faltar a piadinha com os brasileiros: Ele comprou uma foto autografada do Maradona e os caras disseram que aquela não era a assinatura dele, apostavam que foi um brasileiro que vendeu, ri muito!!!!
Um pouco antes da peregrinação, ele fica sabendo que Maradona está muito mal, internado em uma clínica, fica preocupado, então segue para o sul pegando carona e todos respeitam quando ele fala que está levando a estátuta para Maradona (esse é o cara, é um deus na terra da prata!). O mais interessante são as histórias daquele povo, por exemplo, ele pegou uma carona em uma ambulância que levava um rapaz super jovem que tinha morrido, depois pegou carona em um ônibus de devotos de Gauchito Gil, um santo popular que não é reconhecido pela igreja católica. Ele vai lá pedir a benção do santo depois pega carona com um caminhoneiro brasileiro que o leva até Buenos Aires. Uma parte engraçada é que fazem piquete no meio da estrada e todos os carros são impedidos de passar, exceto ambulâncias, o caminhoneiro estava com um monte de galinha que se não chegasse ao destino a tempo, morreriam de fome, nem isso comoveu os manifestantes, mas quando ele disse que tinha que entregar a escultura para Maradona, fizeram uma votação e o caminhão pode passar (sangue de Maradona tem poder!).Quando ele chega à Buenos Aires, Maradona tinha fugido da clínica e depois iria se tratar em Cuba, será que Tati conseguiu entregar a escultura ao seu ídolo?
O filme lembra um pouco "Central do Brasil", aquela gente muito simples, mas cheia de esperança que acredita em qualquer coisa que se apega à religião ou a um idolo porque não tem outra motivação na vida, é muito bonito ver a solidariedade, a compreensão e o incentivo que as pessoas têm umas com as outras. O filme é simples, mas bem tocante!
Outro filme de Maradona que já comentei aqui foi o "Maradona by Kusturica", tinha falado lá que ele não tinha dado certo como técnico, mas hoje retiro o que eu disse, embora eu não esteja acompanhando os jogos, sei que ele está fazendo um bom trabalho com a seleção argentina.

domingo, 13 de junho de 2010

Nail art de menino japa

Todos sabem que pago maior pau para cultura japa: filmes, moda, culinária, brinquedinhos eletrônicos, mangá, hentai, haikai, nail art, sake (a única bebida que bebo c/ gosto).

Vou mostrar as unhas dos meninos que vi em duas revistas, eu compro revistinha na Nail Supply e também baixo na net.
 clique nas imagens para ver maior

Esses devem ser de uma banda de j-pop, parecem personagens de anime.

 Já as 4 fotos acima são modelos de unhas para os meninos se inspirarem.

Foi-se o tempo em que japonês era tudo igual, os meninos lá são über fashion, pintam cabelo, fazem as sobrancelhas e criam seu próprio estilo.
Para quem também curte moda japonesa, indico os sites: Tokyo Street StyleJapanese streets, Fashion in Japan e Style Arena.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Africa do Sul que ninguém quer ver

Em clima de copa, o povo se concentra estritamente ao futebol e muitos não fazem ideia do que é Africa do Sul. Passou um documentário na TV5 Monde sobre o respectivo país que me deixou chocada. Na verdade a única coisa que eu tinha mais ou menos informação era sobre o "Apartheid" e Nelson Mandela. O documentário mostra guetos que nem a polícia entra, hoje não tem um apartheid racial, mas tem o apartheid social, nesses guetos pouquíssimas pessoas tem emprego. É um país extremamente violento, tanto que para a Copa, o governo autorizou a polícia atirar e matar quando for necessário. Os ônibus agora têm câmeras porque há muitos assaltos nesse transporte. Tem um programa pior que o "Cidade Alerta", é apresentado por uma policial e mostra a polícia matando, mostra os "miliantes" mortos com a cara estourada, o negócio choca. Os ricos são isolados, vivem em condomínios fechados, carros blindados, seguranças.
No site da TV5 tem as estatísticas resumidas (em francês), foi de lá que peguei a foto para ilustrar e as informações abaixo, há vários textos lá que juro, seu eu tivesse tempo traduziria e passaria as informações, porque são bem interessantes.
A expectativa de vida de um sul-africano é de 48 anos.
É o 2º país com mais pessoas infectadas por HIV (5,7 milhões).
Um dos países mais corruptos do mundo
No documentário mostrou que de 1 em cada 3 meninas e 1 em cada 4 meninos são estuprado(a)s na infância por pessoas da própria família, tinha uma menina de 7 anos que nem andava direito, foi resgatada por uma instituição, desde bebê ela já era abusada.
Aqui mostra um vídeo dizendo que Johannesburgo é a capital mundial do crime, 17 mortes por dia. Outro vídeo é sobre o gueto branco, apenas 9% da população é branca, mas isso não os isenta da pobreza, como já disse anteriormente, agora eles sofrem com o apartheid social. Também tem outro vídeo sobre a reforma agrária, o eterno problema em distribuição de terras. É , às vezes muitas coisas são bem parecidas com o Brasil, só de pensar em Copa no Rio parece que vai ser igualzinho, já até vejo o Bope atirando, subindo muros para esconder a pobreza, etc.
Depois disso fiz uma promessa que não assistirei a nenhum jogo em solidariedade aos que lá sofrem e não são vistos.
No documentário mostra uma parte linda, a canção do sofrimento, da dor, uma mistura do gospel com o blues, a capella, eles cantam em velórios, mas é uma canção tão triste e dolorida, a letra é triste, mas no fim tem uma esperança que as coisas podem ser melhores. É o que esperamos também!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A paixão segundo G.H.



 Desafio literário do mês de junho: Ler um livro de uma escritora brasileira, escolhi Clarice Lispector
Aposto que se meu pai tivesse lido iria dizer: "Todo esse drama por causa de uma barata?" Porque minha mãe tem paúra de baratas, ela vê uma e grita desesperadamente, feito louca. Eu herdei esse medo, tenho medo até de barata morta.
O livro gira em torno de uma mulher, G.H. e uma barata, é um monólogo, uma reflexão existencialista, é tudo tão jeito Clarice de escrever.

O jornalista e escritor José Castello disse o seguinte desse livro: "Considerado por muitos o grande livro de Clarice Lispector, A paixão segundo G.H. tem um enredo banal. Depois de despedir a empregada, uma mulher vai fazer uma faxina no quarto de serviço. Mal começa a limpeza, depara com uma barata. Tomada pelo nojo, ela esmaga o inseto contra a porta de um armário. Depois, numa espécie bárbara de ascese, decide provar da barata morta".
Ao esmagar a barata, e depois degustar seu interior branco, operou-se em G.H. uma revelação. O inseto a apanhou em meio a sua rotina “civilizada”, entre os filhos, afazeres domésticos e contas a pagar, e a lançou para fora do humano, deixando-a na borda do coração selvagem da vida. Esse desejo de encontrar o que resta do homem quando a linguagem se esgota move, desde o início, a literatura de Clarice.


Fragmentos do livro:

Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.

Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema.

e se a realidade é mesmo que nada existiu?!

Dar a mão a alguém sempre foi o que esperei da alegria. Muitas vezes antes de adormecer - nessa pequena luta por não perder a consciência e entrar no mundo maior - muitas vezes, antes de ter a coragem de ir para a grandeza do sono, finjo que alguém está me dando a mão e então vou, vou para a enorme ausência de forma que é o sono. E quando mesmo assim não tenho coragem, então eu sonho.
Ir para o sono se parece tanto com o modo como agora tenho de ir para a minha liberdade. Entregar-me ao que não entendo será pôr-me à beira do nada.

Por enquanto o primeiro prazer tímido que estou tendo é o de constatar que perdi o medo do feio. E essa perda é de uma tal bondade. É uma doçura.

Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade: pois só quando erro é que saio do que conheço e do que entendo.

O perigo de meditar é o de sem querer começar a pensar, e pensar já não é meditar, pensar guia para um objetivo, O menos perigoso é, na meditação, “ver”, o que prescinde de palavras de pensamento.

Ah, as pessoas põem a idéia de pecado em sexo. Mas como é inocente e infantil esse pecado. O inferno mesmo é o do amor. Amor é a experiência de um perigo de pecado maior - é a experiência da lama e da degradação e da alegria pior. Sexo é o susto de uma criança.

A esperança é um filho ainda não nascido, só prometido, e isso machuca.

O leite da vaca, nós o bebemos. E se a vaca não deixa, usamos de violência. (Na vida e na morte tudo é lícito, viver é sempre questão de vida-e-morte.) Com Deus a gente também pode abrir caminho pela violência. Ele mesmo, quando precisa mais especialmente de um de nós, Ele nos escolhe e nos violenta.

Eu  amo Clarice, não me sinto digna de usar minhas próprias palavras para defender a obra dela que para mim é perfeita e não precisa da minha aprovação porque ela se aprova por si só.
Esse livro tem 122 páginas, de fácil compreensão.
Já falei aqui do livro Felicidade Clandestina e de Clarice em artistas de sagitário.

terça-feira, 8 de junho de 2010

cheesecake de chocolate branco com morangos


Tem dias que acordo inspirada, eu vi morangos vermelhos e suculentos e logo pensei em pecar, o pecado da gula me atrai, quando me dá vontade de comer alguma coisa eu vou onde for necessário e pago o quanto for preciso, minha queda maior é por doces, por comida japonesa e massas o resto, só como para sobreviver.
Ai fiz esse cheesecake dos infernos, sim, isso é coisa do diabo porque ele é o único que quer te ver se entupindo de porcarias e sabe onde isso vai parar? No culote, na barriga e vai acumulando até formar uma gordura que não sai nem com abdominais, localizadas e corridas. Mas eu fiz a vontade do Belzebu (demônio da gula), dei esse prazer a ele e a mim e como eu não quero pecar sozinha, vou passar a receita para vcs cometerem o mesmo sacrilégio.

Ingredientes

Massa:
5 colheres (sopa) de manteiga derretida
3 colheres (sopa) de açúcar
1 pacote de biscoito tipo maisena triturados

Recheio:
250 g de cream cheese
250 g de requeijão
1 envelope de gelatina incolor sem sabor
400 g de chocolate branco
1/2 colher (sopa) de raspas de limão

Cobertura:
500 g de morangos picadinhos
400 g de açúcar
um pouquinho de água

Modo de fazer:
 
Massa
Misture em uma tigela a manteiga, o açúcar e os biscoitos até que obtenha uma farofa. Forre o fundo e as laterais de um refratário c/ essa farofa e leve ao forno de microondas por 2 minutos na potência alta. Reserve.
Massa + recheio prontos para 30 min de congelador

Recheio
Derreta o chocolate em banho-maria
Hidrate a gelatina em 1/2 xícara (chá) de água, em banho-maria
Coloque no liquidificador a gelatina dissolvida, o requeijão e a ricota, bata bem
Acrescente aos poucos o chocolate e as raspas de limão
Bata até obter um creme liso e homogêneo
Despeje na forma sobre a massa
Leve ao freezer ou congelador por 30 minutos

Cobertura:

 E o cheirinho de morango c/ acúcar que delícia!

Leve os ingredientes ao fogo, até derreter o açúcar e o morango se desmanchar
Se não atingir o ponto, coloque mais açúcar
Deixe esfriar
Depois de desenformar a torta, despeje a cobertura por cima

 Aqui é o triste fim do pobre! Pronto para ser devorado!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Before sunset and Before sunrise

Aproveitando que estamos em uma época "love is in the air", dia do namorados está chegando, vou falar desses dois filmes que acho muito fofo, achei tudo de muito bom gosto, as locações foram muito bem escolhidas, os diálogos despretensiosos e bem-humorados, a trilha sonora, os atores (Ethan Hawke e Julie Delpy), tudo perfeito!

Depois do amanhecer

É o primeiro filme, Celine e Jesse estão em um trem que vai para Paris, ela tinha ido visitar a avó em Budapeste e ele foi visitar a ex em Barcelona, ele ia descer em Viena para pegar o voo para os EUA e ela voltaria para sua casa em Paris. Um casal alemão começa a discutir alto, Celine que está sentada perto deles sai e senta próximo de Jesse, eles começam a conversar, vão para o restaurante do trem, papo vai papo vem, ele convence a moça a descer em Viena com ele, ela que não é boba nem nada, desce. Não é estranho acompanhar um estranho, desde que ele não seja tão estranho, capice? Aí ela faz aquela piadinha que americano só sabe falar inglês, não se interessa por outro idioma e ele faz piadinha sobre francesas.
Chegando em Viena eles pegam um bonde, descem próximo a uma loja de discos "Alt & Neu", entram lá e começam a ouvir "Come here" de Kath Bloom (veja esta cena no vídeo abaixo)



Visitam o Cemetery of the Nameless (cemitério sem nome) onde eram enterradas pessoas indigentes achadas no rio.
Vão a um parque de diversões e bem na hora que o sol se põe eles estão lá no alto da roda gigante, depois entram na igreja Votive, vão para uma praça, encontram uma cigana, depois um poeta que faz poesia de improviso, leia a poesia:
Daydream delusion, limousine eyelash / Oh baby with your pretty face / Drop a tear in my wineglass / Look at those big eyes / See what you mean to me / Sweet-cakes and milkshakes / I'm a delusion angel / I'm a fantasy parade / I want you to know what I think / Don't want you to guess anymore / You have no idea where I came from / We have no idea where we're going / Lodged in life / Like branches in a river/ Flowing downstream / Caught in the current / I carry you / You'll carry me / That's how it could be / Don't you know me? / Don't you know me by now? 
 E por último eles vão a um bar, ele pede ao garçom uma garrafa de vinho tinto e promete mandar o dinheiro depois e ela rouba as taças. O que não se faz por amor, não é?
Eles prometem se encontrar 6 meses depois, dia 16 de dezembro, na estação de Viena.
Um amor de um dia pode ser mais intenso e mais profundo que juras de amor eterno.
Veja nesse site onde foram as locações desse filme.

Depois do amanhecer

Acontece 9 anos depois do primeiro encontro, antes ela tinha 23, agora tem 32, ele virou escritor e estava na Shakespeare and Company, em Paris, divulgando sua publicação. Celine vai lá para prestigiá-lo e reencontrá-lo, ele a vê e perde até o fio da meada. Agora estão bem menos ingênuos, os diálogos são sobre política, ecologia, filosofia e tudo acontece na Cidade Luz.
Vão para o "Le Pure Café", conversam e dão muitas risadas depois fazem uma bela de uma caminhada no Promenade Plantée, pegam aqueles bateau para turista no rio Sena (Quai de la Tournelle), ele dá carona até o apê dela e a conversa no carro começou a ficar mais tensa (hora de discutir a relação), é a parte que desce uma lagriminha no espectador.
Chegando no apê, ele pede para ela cantar uma musica e ela canta "Waltz", uma valsinha gracinha (veja vídeo)



Acho que esse filme ainda tem uma continuação, ele acaba dando essa esperança, espero que o casal chegue aos 50 anos e nós acompanhando a novela da vida deles (sonho de fãs).

Shakespeare and Company – 37 rue de la Bûcherie 75005 Paris.
Le Pure Café: 14, rue Jean Mace, Paris

sopa de letrinhas

sossego
só cego
só  ego

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Glória ao cineasta

É mais um filme do cineasta japonês que curto demais, o Takeshi Kitano, ele fez o meu 4º filme favorito, o Dolls. No "Glória ao cineasta" ele mostra todos os filmes que ele deveria ter feito e não fez, para quem não sabe, ele é especialista em filmes sobre a máfia Yakuza, muito violentos por sinal. Mas o mais interessante que no meio da violência tem poesia, tem justificativas que vc acaba não vendo só o lado mau e violento, acho que o ser humano por mais ruim que seja, tem um pouquinho de bondade dentro de si.
O filme começa com ele e um boneco feito à sua imagem e semelhança sofrendo com crise de criatividade. A impressão é que ele tenta denunciar a pressão que os cineastas sofrem para fazer filmes que rende bilheteria em vez de fazer o que realmente gostam. O filme é dividido em vários quadros simulando filmes de diversos gêneros:
Romântico: um homem que acaba de se aposentar e não sabe o que vai fazer, conhece uma pessoa interessante.
Terror japonês: é o máximo, ele coloca o cara com uma máscara de teatro Nô, levando uma cabeça na mão e as japinhas com roupas de colegiais gritando de medo (clássico!).
Aventura: Sobre ninjas, a cena é meio "O Tigre e o Dragão" que eles saem correndo em cima das árvores, um cara derrota mil com uma espada.
Efeito Matrix, como se livrar de balas com efeitos especiais.
Sci-fi: Professor maluco que cria engenhocas e teorias para uma sociedade perfeita.
 um meteoro vai cair na terra o que os cientistas podem fazer para impedir.
Ele tira uma onda do Yasujiro Ozu que só fazia filmes representando problemas familiares e viviam a maior parte do tempo tomando chá e sake.
Drama: Crianças nos anos 50 que eram fãs de boxe e a pobreza que existia no Japão naquela época. O brucutus que brigam na lanchonete.
Mãe e filha que tentam dar o golpe em todo mundo e só se lascam.
Cena do Robô gigante, parecido com os desenhos japoneses do anos 80. Eu achei o máximo!
Outros filmes de Takeshi comentados por aqui foram: Hana-bi, Áquiles e a Tartaruga e Kikujiro.O Dolls está com link lá em cima.