terça-feira, 20 de maio de 2014

Repensando as redes sociais

(desculpe a falta de acentuacao na postagem, preciso configurar meu teclado)

Eu tive uma reuniao com uma pessoa que até entao eu nao conhecia. Resolvi procura-la no facebook, so para ver a cara dele e acha-lo facilmente no meio da muvuca. Ele tinha o perfil publico, em menos de 5 minutos ja conhecia a mulher, os filhos, os pais, onde ele passou as ultimas ferias, o tipo de musica que ele escuta, os sites que ele curte, uma verdadeira invasao de privacidade consentida e na hora que cheguei na reuniao parecia que ja o conhecia completamente. Achei tudo tao estranho, me fez refletir melhor no papel das redes em minha vida, acho que a gente se expoe demais, todo mundo acaba sabendo muito da gente sem ao menos ter um minimo de intimidade para isso, um verdadeiro Big Brother.
Deletei o Twitter, era uma rede que gostava bastante, tem muita gente criativa, engracada, interessante, mas ja deu. O Facebook eu quase deletei tambem, mas resolvi deixa-lo porque participo de grupos sobre brasileiros no Canada que me ajudam bastante, tem os grupos de cinema, tem meus melhores amigos e minha familia que preciso ter noticias, visto que moro longe. Meu perfil nunca foi publico, a primeira coisa que fiz foi bloquear as paginas que apologia a violencia, incita o odio, a intolerancia, entao todo mundo que compartilhar essas coisas de tv revolta e afins, eu simplesmente nao verei mais. 
Segunda coisa: Deletar as pessoas sem do nem piedade, nao eh porque estudou comigo ha mil anos e nem ao menos interage que eu vou manter la so para fazer numero, nao mesmo. Primo distante que vi no maximo duas vezes na vida, desculpe eh parente, mas nao conheco, nao tenho intimidade, caiu fora tambem. Terceira: Nao responder posts de gente sem nocao a fim de consertar a informacao, nao vale a pena, a pessoa quer continuar com a estupidez, deixa ela, tem a opcao de nao receber notificacao entao estou aproveitando bastante esse recurso. Entendo bem que muitas pessoas nao fazem por maldade, na hora da raiva ate eu as vezes ja postei coisas revoltosas, mas aprendi, tanto que nao vou postar mais nada, minhas conviccoes politicas, pessoais, religiosas so cabe a mim e a ninguem mais. Vou curtir e comentar o que os amigos muito proximos postam, com quem sinto mais a vontade de interagir. As vezes posto coisas para os meus amigos, eles compartilham e os amigos dos amigos que pegam o bonde andando, comecam a comentar coisas nada a ver, comecam a me odiar sem ao menos me conhecer, por isso decidi nao postar mais.
Quarta: configurei para nao aparecer no meu mural as noticias ou fotos que as pessoas me marcam.

Quanto ao blog, talvez vai voltar a ser o que era no comeco, falarei de livros, filmes, receitas e esmaltes. As blogagens coletivas me ajudou a conhecer muita gente e muitos blogs legais, mas vou participar quando tiver tempo e quando o tema nao for muito pessoal, tanto que vou apagar todas as postagens e fotos que expus demais minha familia ou minha vida. As vezes eu quero compartilhar coisas interessantes que acontecem comigo, quero que a internet seja um lugar agradavel, que tenha mais musicas, mais poesia, mais tolerancia, mas infelizmente isso eh uma terra sem lei. Tomo precaucao, meus comentarios sao controlados, tenho que aprovar todos. So que tomei essa decisao: minhas redes serao como minha casa, so entra quem tem permissao, simples assim. Desgraca ja estao nos jornais, nao quero passar o dia ouvindo ou vendo essas coisas, rede social tinha que ser algo mais agradavel, queria ver as pessoas se divertindo, compartilhando o que elas estao lendo ou coisas do tipo, mas parece que ta todo mundo na lama, estressado, odiando todo mundo gratuitamente e eu ja tenho muitos problemas na vida para ter que aguentar piti dos outros.

Tudo que procurei na vida foi paz e tranquilidade, a vida eh muito curta para a gente perder tempo com picuinhas, a morte de uma amiga que tinha 27 anos me marcou muito, a gente acha que vai envelhecer, mas pode ser que nao. Por isso quero tornar o mundo melhor para mim, quero curtir ao maximo o que a vida tem a oferecer, quero ver o lado bom das coisas e das pessoas.
No momento estou tentando controlar as redes, talvez um dia eu canse de tudo isso e deleto tudo porque a vida verdadeira eh offline.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

menos um semestre, outros planos e despedida de uma amiga

Finalmente terminei mais um semestre na faculdade, este foi um pouco difícil por causa de uma disciplina ministrada pelo melhor professor que tive até agora, mas o assunto é muito punk: história e memória. Passei o semestre inteiro lendo e vendo vídeos, documentários sobre guerras, genocídios, holocausto, propaganda governamental, ditaduras, nao sei nem como sobrevivi, perdi ainda mais a fé na humanidade, fiquei chocada e depressiva.
Um dia após o término das aulas, meu laptop pifou, ainda nao levei para o conserto. Estou aproveitando para testar as receitas que salvei no Pinterest, para assistir minhas séries, organizando a casa, preparando-me para fazer o TOEIC, prova de inglês para ver em qual nível eu me encaixo para começar um micro-programa de inglês na faculdade, agora vou fazer três cursos silmultaneamente: arquivologia, inglês e francês. Arquivologia só me resta uma disciplina obrigatória e o estágio, francês resta apenas uma, mas muito importante: Pronúncia e inglês, verei o nível que entrarei. Também vou aproveitar para me mexer um pouco, se ainda tiver vagas, vou fazer zumba e yoga.
Uma boa notícia: minha mae vem me visitar em outubro e vai ficar um mês, mais um motivo para eu me mexer porque sei que ela vai fazer um monte de comida boa.
Uma má notícia: Perdi uma ex-colega de trabalho, é muito triste saber da morte de alguém que é mais nova que você, trabalhávamos no teatro, ela era estagiária, estudava Design na USP, um dos cursos mais concorridos, eu estava me preparando para vir para o Canadá e ela para ficar um ano de intercâmbio na Austrália, ela era linda, criativa, inteligente, muito gente fina mesmo. Quando ela retornou da Australia eu já estava aqui. Entrei no facebook e vi as mensagens dos amigos informando sobre sua morte durante o feriado, acidente de moto. Fiquei arrasada. Um dos motivos pelos quais nunca quis dirigir foi por presenciar na infância um acidente de moto, fiquei com medo de atropelar alguém.  Também nunca tive vontade de andar de bicicleta pelo mesmo motivo.
Descanse em paz Clarissa! Sua estada por aqui foi curta, mas sei que você aproveitou bastante.

Para meditar:

"Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir"