sexta-feira, 22 de julho de 2016

Mulheres na direçao: Paula van der Oest (Holanda)


Assisti a dois filmes da diretora Paula van der Oest: "Lucia de B." e "Black Butterflies"

Lucia de B. (2014)



Baseado em fatos reais, narra a historia de uma enfermeira holandesa que foi condenada injustamente à prisao perpétua por de ter cometido 7 assassinatos no hospital em que trabalhava, sendo as vitimas bebês e idosos. 
Os advogados dos acusaçaos nao tinham nenhuma prova concreta que ligava-a às mortes, tentaram incrimina-la de acordo com seu perfil psicologico e suas atitudes, pois ela era uma pessoa muito reservada, nao comia com as outras enfermeiras, teve uma infância muito dificil, sua mae obrigava-a a se prostituir, escrevia umas coisas estranhas em seu diario, lia livros sobre psicopatas e baseado neste seu historico, apos a morte de um bebê na UTI e um laudo errôneo da médica, tudo levou a crer que o bebê tinha tido uma overdose de remédios, quando na verdade ele tinha morrido por complicaçoes no seu estado clinico. As outras mortes que quiseram incrimina-la aconteceram em horarios ou dias que ela nem estava la. Como se defender com a imprensa massacrando e ja condenando? Filmaço! Pra quem gosta de filmes sobre erros judiciarios, fica a dica!


Black Butterflies (2011)


É um filme sobre a vida da poetisa sul-africana, Ingrid Jonker. Vivia em uma familia conservadora, seu pai era membro do parlamento, deputado do Partido Nacional, a favor do Apartheid e presidente da comissao de censura. Apos um casamento fracassado, ela ficou sozinha com sua filha, nao tinha como se manter financeiramente, passou a se auto-destruir, sofria assédio psicologico do seu pai que odiava tanto o seu comportamento como sua poesia. Assim como toda mulher que se rebelava na época, foi internada em um hospital psiquiatrico e tratada com eletrochoques, acaba se suicidando aos 31 anos.
Um de seus poemas "Die Kind" (abaixo) foi lido por Nelson Mandela em sua posse. Preciso urgente encontrar o livro dela.


The child is not dead  

The child is not dead
The child lifts his fists against his mother
Who shouts Afrika ! shouts the breath
Of freedom and the veld
In the locations of the cordoned heart
The child lifts his fists against his father
in the march of the generations
who shouts Afrika ! shout the breath
of righteousness and blood
in the streets of his embattled pride
The child is not dead not at Langa nor at Nyanga
not at Orlando nor at Sharpeville
nor at the police station at Philippi
where he lies with a bullet through his brain
The child is the dark shadow of the soldiers
on guard with rifles Saracens and batons
the child is present at all assemblies and law-givings
the child peers through the windows of houses and into the hearts of mothers
this child who just wanted to play in the sun at Nyanga is everywhere
the child grown to a man treks through all Africa
the child grown into a giant journeys through the whole world
Without a pass
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